quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Carta aberta aos arquitetos paranaenses

Mais de 70% dos profissionais aprovam o trabalho da atual gestão do CAU/PR

Jeferson Dantas Navolar*

Resultado da incansável luta de valorosos companheiros e que perdurou por décadas, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) nasceu ao final de 2010 sob a égide democrática e nela permanece. Este é um fato demonstrado nesta última eleição, que conduziu novos conselheiros para os seus cargos em todos os estados da Federação e Distrito Federal. Aqui no Paraná, particularmente, uma única chapa participou do processo eleitoral, chapa intitulada ReUnião, que contabilizou 72,21% dos votos válidos. Em última análise, esses votos traduzem o apoio às propostas apresentadas pela chapa, dado pela maioria dos profissionais paranaenses. Eles também refletem a aprovação ao trabalho efetuado pela atual gestão do CAU/PR, além de revelarem uma aposta no seu aprimoramento a partir da plataforma apresentada pela chapa ReUnião. Importante ressaltar que mais da metade dos integrantes da chapa é composta por arquitetos e urbanistas disputando seu primeiro mandato e indicados por suas entidades de classe (IAB, ABAP, ASBEA, ABEA, SindArq etc), o que garante a necessária renovação na Plenária do CAU/PR.
Dado o nosso caráter federativo, coube ao CAU/BR conduzir todo o processo eleitoral. Aos Estados, restou somente a tarefa de apresentar as Comissões Eleitorais e as chapas concorrentes. As Comissões Eleitorais estaduais funcionaram como órgãos de apelação em primeira instância; a Comissão Eleitoral Nacional (CEN), instância superior, atuou como corte máxima de apelação.
Assim, apoiados por um sistema moderno de votação, em plataforma virtual, verificada por auditores e fiscais independentes, realizaram-se as eleições, com 41 chapas inscritas em todos os estados brasileiros. Não obstante as naturais apelações previstas no Regimento das Eleições, votado e aprovado por todos os conselheiros do CAU/BR, o pleito se deu em relativa tranquilidade.
É bom que se enfatize este caráter nacional das eleições, a fim de realçar que não estava na esfera do CAU/PR possibilidade alguma de modificação do que era válido para todos os estados. As regras estavam claras, valendo para todos e da forma mais democrática possível.
Por tudo isso, as eleições transcorreram de maneira transparente, ética, com editais, resoluções e prazos devidamente publicados, e com ampla divulgação. Porém, algumas pouquíssimas manifestações se propalam pela internet, até mesmo com afirmações injuriosas (as quais merecerão, em seu tempo, o devido tratamento). Não vamos, aqui, entrar no mérito das motivações que levam duas ou três pessoas a questionarem um processo do qual elas parecem sequer entender as regras. Mas vamos, sim, apontar os erros primários cometidos por quem iludiu gente bem intencionada, excelentes profissionais. Infelizmente, tal grupo parece ter ficado refém da incapacidade de se lidar com a informática, o que é relevante quando se trata de arquitetos no uso de uma ferramenta cotidiana.
Para explicar a origem dessas manifestações, vamos nos ater a um único fato apresentado por duas ou três pessoas que afirmam ter tentado inscrever uma chapa para concorrer às eleições para o CAU/PR. Por economia da paciência, nossa e dos colegas, apresentaremos um, e somente um, dos argumentos dos apelantes e a resposta da Comissão Eleitoral Nacional – CEN – conforme documentos disponíveis nos sites do CAU/PR e CAU/BR. A candidata que supostamente liderava uma não menos suposta chapa sustentou em sua apelação à CEN “que iniciou o processo de inscrição da chapa e que, após enfrentar diversos problemas com os arquivos a serem enviados, reiniciou a inscrição e introduziu os anexos”, perdendo o prazo legal para a inscrição.
Ao verificar a veracidade da informação, os membros da CEN ponderaram “que não foi localizado, junto ao Módulo Eleitoral, qualquer vestígio de que a chapa tenha iniciado o procedimento para o registro de sua candidatura”. Ora, se não havia uma única e solitária movimentação de registro, se não havia “qualquer vestígio” eletrônico, não havia chapa! Pode, portanto, ter havido intenção da apelante, ela pode ter conversado com outras pessoas que lhe são próximas. Porém, há distâncias enormes entre intenções, entre conversas informais, e a efetividade da inscrição.
Portanto, verificamos ab ovo, ab initio (ou quaisquer outras expressões latinas que queiram dizer “desde o começo” ou “desde a origem”), que em momento algum existiu outra chapa, além da ReUnião, registrada para disputar o CAU/PR! E mesmo com a maior boa vontade que se tenha, não há como discutir quaisquer outros argumentos, posto que, nos restariam apenas o nebuloso campo do niilismo, das suposições, em graves e infrutíferas discussões sobre o nada ou condicionantes antecedidas pelo “se”. E o nada, todos sabem, é fértil campo para tudo, menos para a verdade. Os colegas são sensatos e, por isso, devemos poupá-los de tal exercício…
Diante desses necessários esclarecimentos, agradecemos os votos e a confiança recebida de nossa categoria e parabenizamos aos integrantes da chapa ReUnião, que souberam em todos os momentos manter uma atitude firme perante o processo.
Vamos adiante, temos décadas para recuperar, temos que demonstrar todos os dias que “arquitetura é atribuição de arquiteto” e que desde o final de 2011 é o CAU que nos representa oficialmente, independentemente de vínculos de amizade.
A Democracia, mesmo que com defeitos, é a melhor forma que já se encontrou para traçar nossos destinos, para avançar e vencer a ignorância e os poderes dos que nos querem presos ao passado.
Obrigado a todos e vamos à luta, por um CAU pensado e feito por arquitetos e urbanistas. A caminhada, como ensinava o nosso mestre Miguel Pereira, está apenas começando.

Curitiba, 11 de novembro de 2014.

* Jeferson Dantas Navolar é presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Chapa ReUnião é eleita

A chapa ReUnião foi eleita com mais de 70% dos votos no Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná (CAU-PR).

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Nesta quarta-feira, arquitetos e urbanistas escolhem conselheiros do CAU

São 120 mil arquitetos e urbanistas aptos a votar em todo o Brasil. No Paraná, cerca de 10 mil votam para compor o CAU/PR

Acontece nesta quarta-feira (5) a eleição para escolher os conselheiros do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) para o mandato 2015-2017. São mais de 120 mil arquitetos aptos a votar em todo país, sendo cerca de 10 mil no Paraná, que votam nos conselheiros estaduais – que atuarão no Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná (CAU/PR) - e também dois conselheiros com atuação no CAU/BR.
No Estado apenas uma chapa está concorrendo, com 32 nomes, entre titulares e suplentes, que devem integrar o CAU/PR e mais dois para representação no CAU/BR. Toda a votação será realizada via internet, pelo sitewww.votaarquitetoeurbanista.com.br. Essa é a segunda eleição do Conselho, que foi criado no final de 2010. Os nomes foram indicados por entidades ligadas à arquitetura, numa renovação de 62% em relação aos que compõem a Plenária atual. É um processo democrático e moderno, que consolida uma conquista não só da arquitetura brasileira, mas de toda a sociedade brasileira.
A votação se dará por meio da senha de acesso ao SICCAU, pela internet. O voto é obrigatório para todos os profissionais registrados no CAU e com menos de 70 anos. Quem não puder votar deverá justificar sua abstenção junto ao seu CAU/UF em até 90 dias, sob pena de pagar uma multa equivalente ao valor de uma anuidade – R$ 413,21 – conforme determina a Lei 12.378/2010, que regula o exercício da Arquitetura e Urbanismo no Brasil. No mesmo dia também haverá a votação para escolher o conselheiro federal representante das instituições de ensino superior de Arquitetura e Urbanismo.
A votação acontece de 0h até 23h59, desta quarta-feira (dia 5).